
Visando o topo da tabela, de forma distante, o Borussia Mönchengladbach entrou em campo neste domingo (2) diante do RB Leipzig, concorrente direto, na Red Bull Arena, e acabou derrotado por 2 a 0, com dois tentos de Timo Werner, perante um insólito Gladbach.
O resultado manteve os Foals (2º, 26 pts) com uma distância significativa do Borussia Dortmund, líder da competição, sete pontos a frente. A realidade dos comandados de Hecking, no entanto, deve ser a busca pelo retorno as competições europeias da temporada que vem.
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Jogo importante, fora de casa, motivo para concentração máxima, certo? Para o Gladbach, aparentemente não. Os Potros voltaram a iniciar uma partida já em desvantagem, assim como ocorreu diante do Freiburg e do Hannover, com tentos antes do minuto inicial. Dessa vez, o Gladbach demorou um pouco mais, e sofreu o primeiro gol aos três minutos de partida, em finalização cruzada de Timo Werner, na entrada da grande área, sem chances para o arqueiro suíço Yann Sommer.
Indolente e pouco inspirado, o Borussia seguiu acuado, sofrendo com a pressão dos Touros Vermelhos, que de fato amassavam a equipe do Rio Reno, atacando com muita velocidade as costas da defesa e mantendo as linhas de marcação bem avançadas, ganhando todas as divididas, principalmente com Upamecano, que teve atuação brilhante. Depois de suportar a pressão dos mandantes, algumas chances vieram a aparecer, duas vezes com Lars Stindl – na primeira, Hazard acertou um lindo passe para o capitão, mas a finalização parou em Gulacsi.
O capitão dos Potros voltaria a aparecer com perigo, exigindo excelente intervenção de Gulacsi – melhor arqueiro da liga até aqui – em uma bela cabeçada. Apesar dos momentos de perigo, isso não reflete realmente no que a partida de Lars Stindl, novamente em uma rotação abaixo e prejudicando a coletividade da equipe, além de afastar Alassane Pléa de seu melhor posicionamento no campo. Não satisfeito, o Gladbach, que atuava mal, sofreu um gol de contra-ataque aos 45+1’ da etapa inicial – anotado por Werner – algo claramente inadmissível.
Apático, o retorno para a etapa complementar não teve sequer uma mudança – notoriamente um erro – e o futebol seguiu pobre, com praticamente tudo dando errado, exceto Nico Elvedi, com uma exibição elogiável em detrimento aos seus demais colegas. Dieter Hecking demorou a mudar, e quando mudou, se equivocou. Precisando ganhar o meio-campo, o comandante sacou Florian Neuhaus e promoveu a entrada de Traoré, ponta-de-lança. O resultado? Absolutamente nada. Só próximo ao fim, com menos de quinze minutos para o apito final, é que Hecking resolveu modificar novamente.
Raffael e Cuisance entraram nas vagas dos laterais Lang e Wendt – ambos com atuações apáticas – em uma tentativa de tudo ou nada, mas não havia muito tempo para que o panorama mudasse, apesar da boa influência dos suplentes, acrescidas de um maior acionamento de Traoré pela direita. De toda forma, o melhor momento, de fato, foi o apito final.
Sommer (6,5), Lang (5,5), Elvedi (7), Jantschke (5), Wendt (5); Strobl (6), Zakaria (6), Neuhaus (6); Hazard (6,5), Pléa (5,5), Stindl (5,5).